Queremos comemorar esta data com um breve memorial histórico de
nossa diocese e uma mensagem do bispo diocesano que você pode ler a
seguir:
Memorial histórico
No dia 23 de dezembro de 1997 o papa São João Paulo II criou a
Diocese de Amparo através da Bula Pontifícia “Ecclesiae
Universae”, a pedido do então Arcebispo de Campinas Dom
Gilberto Pereira Lopes. Ele havia solicitado à Santa Sé que a sede
da Diocese fosse em Mogi Mirim, conforme atestam documentos relativos
à criação da Diocese em seus inícios. Pela vontade dos padres e
outras dificuldades circunstanciais, a sede ficou sendo em Amparo e a
nova Diocese foi formada por onze municípios, que compunham a antiga
Região Pastoral Leste da Arquidiocese de Campinas. Foi designado
como primeiro bispo Dom Francisco José Zugliani, então com sessenta
e três anos e pároco em Jaú-SP. A instalação da nova Diocese e
posse de seu primeiro bispo, deu-se em 25 de março de 1998. Na época
de sua criação a diocese contava com 200.000 habitantes, hoje tem
490.000.
Antes da criação da diocese procedeu-se a um levantamento da
realidade sócio-política e econômica da região, foram enumeradas
as igrejas e capelas e demais propriedades a serviço do culto e
moradias destinadas aos padres, tudo constando em um belo livro
elaborado por uma equipe de especialistas. Fato curioso porém, ao
contrário do que comumente ocorre, a diocese de Amparo foi criada
sem as devidas providências de praxe, como por exemplo, a construção
da Cúria Diocesana, Residência para o Bispo, (o qual por três anos
morou em casa alugada), legalização e registro dos imóveis que
pertenceriam à nova diocese, constituição de um fundo ou
patrimônio para financiar os gastos com seminário e pastoral.
Providências estas que somente foram tomadas agora, nos últimos
quatro anos. Com isso o primeiro bispo sofreu percalços de toda
ordem, que acabou influenciando a trajetória pastoral da nova
Diocese.
Apesar de a Diocese ter já em seu território um seminário
Propedêutico em Pedreira, o qual passou a servir como Seminário
Diocesano, foi tomada a decisão de construir um seminário de cinco
pavilhões de dois pavimentos, em uma área de dez mil metros
quadrados em Jaguariúna na zona rural. Todos os esforços de
organização e destinação de recursos financeiros da Diocese foram
direcionados para esta finalidade. A construção deste seminário
que comportaria cem seminaristas, catalisou os esforços do primeiro
bispo durante os treze primeiros anos da diocese.
O primeiro bispo montou a cúria que funcionou em um pequeno
apartamento vizinho à Catedral, com seu vigário geral na pessoa do
Pe. Gilberto Edson Schneider que inicialmente acumulou os cargos de
vigário geral, procurador e coordenador de pastoral. Posteriormente
houveram outros três coordenadores de pastoral durante o pastoreio
de D. Francisco. O cargo de ecônomo foi ocupado por Pe. Francisco
Paiva Garcia (Pe. Chico) por um ano. Com a renúncia deste passou a
ser ocupado pelo vigário geral Pe. Gilberto. Na época da instalação
da Diocese era vigário episcopal da Região o Pe. Pedro Maia Pastana
que foi substituído pelo arcebispo de Campinas, às vésperas da
criação da Diocese, pelo Pe. José Veríssimo Sibinelli, com a
incumbência de preparar a instalação da nova Diocese (logo em
seguida da criação da Diocese, Pe. Veríssimo teve que se ausentar
do país). Além do empenho para a construção do seminário em
Jaguariúna que Dom Francisco deixou sem concluir, outros trabalhos
foram empreendidos na diocese, como a criação de três Foranias (S.
José, Rosário e Santana), ordenação de treze padres e criação
de três paróquias. No âmbito pastoral, foram elaborados o
Diretório de catequese, dos sacramentos e administrativo.
Em 14 de julho de 2010, com a renúncia de D. Francisco, foi nomeado
o segundo bispo para a diocese de Amparo na pessoa de Dom Pedro
Carlos Cipollini. Foi ordenado em 12 de outubro e tomou posse da
diocese em 24 de outubro. Na primeira reunião do presbitério foi
solicitado ao novo bispo que providenciasse uma melhor organização
da diocese, tomasse decisões mais consistentes em vários assuntos
pendentes, atenção especial com a situação do Seminário
Diocesano S. José, revisão da decisão de levar avante a construção
em curso do outro Seminário em Jaguariúna, que se elaborasse um
plano de pastoral capaz de dar rosto à Igreja Diocesana e tivesse um
diálogo mais pessoal com o clero. Nestes quatro anos de ministério
de Dom Pedro tudo isto tem sido feito com a colaboração dos
presbíteros e dos leigos. As funções de Vigário Geral, Ecônomo e
Procurador, exercidas por um só padre, foram modificadas. Dom Pedro
escolheu um novo vigário geral que após alguns meses renunciou,
tendo sido escolhido outro na pessoa de Pe. Pedro Maia Pastana que
permaneceu por quatro anos (até final de 2014), cargo acumulado hoje
pelo Coordenador de Pastoral Pe. Carlos Roberto Panassolo. Foi
escolhido um padre para ecônomo e procurador na pessoa do Pe. César
Domingues de Oliveira.
O trabalho com o clero e seminário mereceu prioridade no que foi
dedicado grande parte do tempo e esforço do bispo. A partir de
necessidades urgentes, todos os padres foram renomeados para outras
paróquias empreendendo-se um dinamismo de reorganização das
mesmas. Alguns se tornaram eméritos por motivo de doença, decisão
que vinha sendo adiada. Vieram colaborar com o pastoreio da diocese
(que estava com cinco paróquias sem provisão) dez padres, entre
eles alguns religiosos.
Todas estas mudanças foram para melhor como atestam os fatos e os
fiéis de nossas paróquias. Por outro lado, todas estas mudanças
não deixaram de provocar descontentamentos: três padres diocesanos
preferiram ir para a Arquidiocese de Campinas (Pe. Carlos Alberto,
Pe. Francis e Pe. Tadeu). O seminário S. José de Pedreira passou
por uma remodelação e reorganização tanto na sua estrutura física
como na convivência tendo à frente um novo reitor. O Seminário em
construção (Jaguariúna), após consulta ao clero, teve sua
construção interrompida para regularizar a situação do terreno
que não tinha escritura em nome da diocese (o que foi conseguido em
2014, juntamente com a permissão da família doadora, para que a
diocese destine o prédio em construção para a manutenção do
Seminário de Pedreira com o rendimento do aluguel); visto que no
momento o seminário de Pedreira é suficiente para a Diocese.
Foram ordenados nove sacerdotes diocesanos e dois diáconos
(transitórios). Foram criadas sete paróquias. Foram reelaborados
com a participação do clero, os Diretórios dos Sacramentos, da
Administração/Finanças e elaborados os Diretórios dos
Presbíteros, de Liturgia e Formação. Está em curso a
regularização do patrimônio da Diocese com ajuda de uma advogada
contratada para prestar serviços jurídicos. A Cúria Diocesana que
funcionava em um pequeno apartamento, foi ampliada com espaço para
Arquivo e funcionamento da Câmara Eclesiástica que foi
reorganizada. Instalação do Centro de Pastoral no piso térreo da
Cúria (Edifício São João XXIII), onde passará a funcionar o
Curso de Teologia para Leigos a partir de fevereiro/2015. Foi fixada
a residência episcopal na Casa ao lado da Catedral onde residiu
Mons. Lisboa por 52 anos. A parte financeira da Diocese passou por
uma reelaboração com o funcionamento efetivo de um novo Conselho
Econômico para isso nomeado.
No primeiro ano de seu ministério Dom Pedro empreendeu visitas
pastorais por toda a Diocese o que ajudou a revitalizar as paróquias
e deu ânimo aos diocesanos para os trabalhos pastorais subsequentes.
Empreendeu também as visitas a todas as comunidades e capelas da
Diocese que já foram quase todas visitadas, para a celebração da
Eucaristia presidida pelo bispo. Em 2014 iniciaram-se as Visitas
Pastorais nas quais Dom Pedro permanece um fim de semana (sexta a
domingo) visitando a paróquia segundo um cronograma preestabelecido.
Já foram visitadas dez paróquias em 2014 e serão mais dez em 2015.
Dom Pedro escreveu em 2012 uma Carta Pastoral na qual traçou as
linhas mestras e objetivos de seu pastoreio, a partir da realidade da
Diocese e do que a Igreja pede, através dos documentos do Magistério
e propostas da CNBB. Porém o acontecimento marcante deste período é
o Processo Participativo de elaboração do 1º Plano de Pastoral
Diocesano, um processo que durou dois anos nos quais foram realizados
encontros, palestras, formação e assembleias. Este processo
resultou no nosso primeiro plano de pastoral com seu objetivo e as
três prioridades. No momento nossa Diocese está empenhada em levar
avante o Primeiro Plano de Pastoral Diocesano com seus desdobramentos
e exigências.
PASCOM – DIOCESE de AMPARO
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