A festa de Cristo Rei foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que
fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma
litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de
chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o
fim para o qual se dirigem todas as coisas.
A criação desta festa tinha uma conotação
política de grandiosidade. Quem, dos mais antigos, não foi da Cruzada
Eucarística? Roupinha branca, fita amarela com cruz e dois traços
azuis para os melhores. Qual era o comprimento? - Viva Cristo! – Rei!
Este amor a Cristo Rei sustentou os cristãos na perseguição do México.
Quantos mártires não entregaram a vida proclamando: Viva Cristo Rei!
Quem sabe nos falte uma definição maior para o Reino de Cristo.
A oração da missa assim reza: “Deus que
dispusestes restaurar todas as coisas em vosso Filho Amado, Rei do
Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e
servindo à vossa majestade vos glorifiquem eternamente”. Vejamos os
termos: Rei do Universo, vossa majestade. Para este sentido endereça a
primeira leitura: A glória do Filho do Homem - “Seu poder é poder
eterno que não lhe será tirado e seu reino, um reino que não se
dissolverá” (Dn l7,14). Cristo com sua morte e ressurreição foi feito o
Senhor da Glória. Seu Reino não tem fim.
Rei da Verdade.
Mesmo que seja um reino, o é diferente dos
reinos e governos do mundo. Jesus se proclama rei diante de Pilatos:
“Tu és Rei?” Pergunta Pilatos diante no tribunal. “Tu o dizes, eu sou
rei. Para isso nasci e vim ao mundo, para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta minha voz” (Jo 18,37). Jesus é rei
da verdade. Pilatos pergunta-lhe: “O que é a verdade?” Mas não espera
a resposta. (É comum em nossa vida perguntar as coisas para Deus e
não querer saber a resposta). O que é esta verdade que é a identificação
com Ele próprio? “Eu sou a Verdade e a vida” (Jo 14,6). Ser verdade
para Jesus é ser Ele próprio o testemunho da vontade do Pai:
Estabelecer no mundo o domínio da misericórdia amorosa da qual o Pai é
a fonte. “Graças a esta vontade é que somos salvos” (Hb 10.10).
Durante sua vida procura unicamente fazer a vontade do Pai: “E a
vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos
aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia” (Jo.6,39).
Um reino de sacerdotes.
Todo povo de Deus tem, como Cristo esta
realeza. Esta é o domínio do amor que transforma o mundo. O amor é a
primeira fonte da união com Deus. Ele faz de nossos gestos de serviço
aos outros, da transformação das estruturas de escravidão em liberdade,
um sacerdócio do povo de Deus e de cada um que santifica o universo.
Ser cristão é já construir o reino de Cristo no mundo. A modalidade de
construir este reino é o serviço fraterno, humilde como Cristo fez na
sua morte que o glorificou. Unindo nossa vontade à sua e a vontade do
Pai, podemos crer em verdade que Ele é Rei e Senhor.
Leituras: Daniel 7,13-14; Apocalipse 1,5-8; João 18,33-37
Contexto:
1. A festa de Cristo Rei, instituída por Pio
XI, tinha uma finalidade político-religiosa de mostrar o senhorio de
Jesus sobre o mundo, acima das situações de ateísmo e falta de
religião. Esta festa foi colocada, na reforma litúrgica, no final do
ano litúrgico para dar a perceber que Cristo é o centro do universo e
para Ele tudo conflui.
2. Cristo, diante de Pilatos se declara rei da
verdade. Ele conhece toda a verdade, por isso dá por ela a vida. A
verdade é o desígnio do Pai de implantar no mundo o reino da
misericórdia amorosa.
3. Todo o povo de Deus é sacerdotal, isto é,
está unido a Cristo para a transformação do mundo em um mundo que
sirva a Deus no culto verdadeiro que procede de um coração que ama.
Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/cristorei/09.htm

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